Conexão Marítima
Câmara de Comércio tratou do Polo Naval com AGDI
Sob a liderança do presidente Renan Lopes, a Câmara de Comércio do Rio Grande promoveu mais uma reunião de diretoria, no final da tarde desta última segunda-feira, 14, quando dois assuntos de importância foram tratados: o Polo Naval e a criação da APL do Polo Naval.
O vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega, esteve presente, acompanhado da coordenadora de projetos, Eliana Lagemann Dienstmann. Ele salientou que “o programa RS Indústria Oceânica é prioritário para nosso estado, já que a onda de petróleo vai no mínimo até 2030”.
Nóbrega falou que “São José do Norte preocupa porque está recebendo um estaleiro de grande porte, que já tem contrato com a Petrobras, mas que não possui licença ambiental para operação. São incompreensões que muitas vezes vão parar no Ministério Público. Fizemos três contratos em sequência com São José do Norte para evitar a desordem urbana, com diretrizes para elaboração da expansão urbana de forma planejada”.
Com relação ao Polo Naval de Rio Grande, o vice-presidente da AGDI falou que “Suape fez um estudo profundo que envolve uma região com refinaria, porto, estaleiro e mais alguma coisa, concebido de forma integrada, que acredito temos de fazer aqui em Rio Grande. Faremos esse mesmo trabalho com uma consultoria especializada, integrando o porto, a indústria naval, o setor industrial e a cidade do Rio Grande. Se isso for feito, vamos utilizar melhor as áreas disponíveis, dispor de melhor infraestrutura e teremos mais oportunidade de crescimento do porto e da indústria naval. Tomando Suape como exemplo a gente pode avançar nesse conceito”.
Nóbrega observou que “hoje não basta ter estaleiros, porque o conceito moderno de estaleiro é diferente de 30 anos atrás. O estaleiro hoje é uma gigantesca montadora e precisa de uma cadeia de suprimentos e Rio Grande não tem espaço para isso. O Polo Naval do Jacuí é supridor de módulos para a montagem final das plataformas em Rio Grande e São José do Norte. Mais além, temos no norte do estado e na Serra gaúcha suprimentos para evitar que os estaleiros daqui vão comprar em São Paulo. Essa é a lógica e está dando certo. Precisamos agora de um estaleiro para reparos navais e o Estado está trabalhando para trazer um grupo de reparo naval internacional para fazer essa atividade em Rio Grande”.
Aloísio Nóbrega informou, ainda, que “as áreas existentes no porto de Porto Alegre podem ser convertidas para a indústria naval, formalizando então o Polo Naval de Guaíba”.
Arranjos Produtivos Locais
O Vice-Reitor da Furg, Danilo Giroldo e Artur Gibbon, integrante do Conselho da APL.falaram que a APL do Polo Naval, que teve neste primeiro ano a Furg como entidade gestora provisória, está preparando-se para constituir uma associação para ser a entidade gestora, com a participação das prefeituras de Rio Grande, Pelotas, São José do Norte e instituições como a Superintendência do Porto, Furg, Fiergs e Câmara de Comércio.
“A APL proporcionará conversas muito produtivas entre os três municípios, discutindo pontos comuns que são fundamentais para termos uma agenda regional. Este é o maior resultado do processo de estruturação da APL que agora migra para a estrutura de associação, com estatuto e conselho gestor definidos”, observou o Vice-Reitor.
Ele lembrou que em junho aconteceu a última reunião do atual conselho gestor, quando foi aberta a APL aos interessados para consulta pública. Esta consulta se encerra dia 25 de julho e a intenção é que já no dia 28 seja lançado o edital de convocação para o lançamento da associação, que será a entidade gestora, e da assembleia geral de fundação da APL do Polo Naval.
Fonte: Assessoria
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