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A busca pela eficiência no transporte marítimo leva à construção de navios cada vez maiores com capacidade para até 70 mil toneladas. Com esses navios é possível transportar quase o dobro do que os navios que hoje atracam em Vitória, de no máximo 40 mil toneladas.
Com essa vantagem, o custo do frete cai, porém, está cada vez mais difícil para esses navios gigantes atracarem no Porto de Vitória. “Nós somos demandados a cada dia às novas linhas de navegação, com navios maiores. Na ausência de condições de receber esses navios em nosso terminal, acabamos preteridos em novas linhas, em novas rotas”, explica o diretor presidente do Terminal Portuário de Vila Velha, Cleber Lucas.
Esse não é um problema exclusivo do Porto de Vitória. Os navios que chegam aos dez maiores portos do Brasil também enfrentam dificuldades de acesso aos terminais de carga. A questão é que a demanda do comércio internacional aumentou, mas a infraestrutura não acompanhou esse crescimento.
De acordo com o Ministério do Planejamento, os 23 portos ligados à Secretaria de Portos do Governo Federal, deixaram de gastar, entre os anos 2000 e 2013, mais de 70% dos investimentos previstos. Sem conseguir receber navios de grande porte, o Porto de Vitória tem perdido mercado para outros Estados, problema para quem lida com comércio exterior.
“São 25 anos em que eles estão pra fazer essa dragagem, e não fica pronta. Os navios continuam entrando com 60 ou 70% de sua capacidade, e a maior parte das empresas pararam de escalar Vitória. Hoje o que chega à Vitória está chegando por capotagem, à exceção dos navios de veículo, que conseguem entrar com facilidade no Porto de Vitória”, explica o presidente do Sindicato das Empresas de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex), Severiano Imperial.
Fonte: Folha Vitória