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CPI: Augusto Mendonça abre a caixa-preta do Clube das Empreiteiras

27/04/2015 �s 09:36
CPI: Augusto Mendonça abre a caixa-preta do Clube das Empreiteiras

O presidente da Setal Engenharia e conselheiro da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, afirmou no dia 23 que havia uma lista limitada a 16 empresas que eram as únicas convidadas a participar de licitações para contratos com a Petrobras. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na estatal, o empresário explicou que o “clube” se tornou um esquema efetivo com o envolvimento dos ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque.

"Mesmo antes da Lava Jato este grupo se desfez. Eram muitas empresas concorrentes entre si que poderiam ter alguma discussão no campo Petrobras. Não eram empresas amigas. Quando houve mudança da diretoria da Petrobras, com a saída de Costa e Duque, o grupo se desfez. Depois da Lava Jato acredito que as empresas nem conversam entre si. Nosso caso é assim", afirmou Mendonça Neto.

Ele ressaltou que nos anos 2000, “houve uma ampliação da participação das empresas”, especificamente quando teve início o programa de investimento na área de refino. “Lá para 2005 e 2006 o grupo ganhou efetividade, tinha mais condição de funcionar a partir do instante que houve uma combinação com diretores da Petrobras”, explicou. “Acredito que as companhias participavam muito mais por medo do que por vantagem”, completou o presidente da Setal Engenharia. Ele disse ainda que os diretores da estatal “mais dificultavam do que facilitavam” os processos de contratação.

Segundo Mendonça Neto, antes mesmo de Costa e Duque liderarem o esquema, já existia uma combinação entre alguns empresários que conseguiram sobreviver à crise econômica dos anos 1990. “O objetivo era criar uma forma de se protegerem. Vamos acertar que cada um fica com uma oportunidade, porém esta oportunidade não impedia que a empresa fosse competir com outro mercado. Não eram só seis empresas que forneciam para a Petrobras, eram dezenas.”

O empresário destacou que não participava do esquema até 2006 e afirmou que a comissão de licitação não sabia sobre o acordo. “Essa relação de corrupção das empresas que seriam convidadas já existia. Não posso dizer de que lado ele [o esquema] começou”, disse, acrescentando que nunca teve uma relação direta com Paulo Roberto Costa. “Minha relação com esse tema começou por meio do ex-deputado José Janene que me procurou exigindo o pagamento de uma comissão relacionada à Diretoria de Abastecimento”, disse.

Em defesa da estatal, Mendonça Neto confirmou que apenas Paulo Roberto, Renato Duque e Pedro Barusco, na Diretoria de Serviços, estavam envolvidos no esquema. “Estamos assistindo hoje a Petrobras sendo massacrada, com a imagem muito arranhada, como se parecesse uma companhia de segunda categoria, repleta de gente corrupta. Na verdade é completamente o inverso. Tive uma participação longa com a Petrobras e o único contato com corrupção foi com essas três pessoas que citei”, frisou.

Numa conversa com Barusco, ele disse ter explicado que houve sinais de que outras pessoas estariam envolvidas, mas eles não atuavam dentro da estatal, e sim em outras empresas como a Sete Brasil.

Augusto Mendonça Neto é um dos delatores do esquema de corrupção da estatal investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Em depoimento à PF, o empresário confirmou que pagou propina em valores entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Segundo Mendonça Neto, as empresas que atuaram no clube mantinham contratos para obras nas refinarias Presidente Vargas, no Paraná, e Paulínia, em São Paulo.

Fonte: TN Petróleo



 
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