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Com o atraso nas obras de construção das plataformas no Brasil, a Petrobras se prepara para contratar novas unidades de produção para compensar a demora na execução do projeto de nacionalização das plataformas flutuantes (as chamadas FPSOs) do pré-sal. A estatal retirou do horizonte do novo plano de negócios duas das oito unidades conhecidas como replicantes - por seguirem um mesmo padrão previsto anteriormente- para operar até 2020 e teve de remanejar a carteira de projetos.
Esta semana, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, disse que a companhia vai contratar a partir deste ano cinco novas plataformas para operar em 2019 e 2020. Dessas cinco unidades, contudo, duas são destinadas a substituir a ausência da P-72 e P-73 no novo plano de negócios.Com a postergação dessas duas unidades, projetos antes previstos para operar com replicantes ficaram sem plataformas. Caso dos campos de Sépia, previsto para 2019, e Lula Oeste (2020).A P-72 e a p-73, cujos contratos de integração de módulos sequer foram licitados até o momento, estavam previstas para 2018 no último plano, mas ficaram para a próxima década. As duas unidades vão operar em projetos da cessão onerosa previstos para após 2020, informou a Petrobras ao Valor.Em seu novo plano de negócios, a estatal contabilizou um atraso médio de um ano na entrega das plataformas replicantes. A previsão anterior era iniciar a operação de duas unidades em 2016 e três em 2017, mas o cronograma escorregou para 2017 e 2018. E dos três FPSOs previstos anteriormente para 2018 apenas um entrou no novo plano, para 2019, com a saída das unidades P-72 e da P-73 do horizonte até 2020.O projeto de construção dos oito replicantes no Brasil foi lançado para atender a demanda da Petrobras por plataformas no pré-sal, inicialmente para desenvolvimento da produção dos campos dos blocos BM-S-9 e BM-S-11. A estatal contratou as obras e construção dos cascos, módulos e integração entre vários estaleiros no país.Os oito cascos foram encomendados ao estaleiro Ecovix, da Engevix, em Rio Grande. A expectativa da Petrobras era que as unidades fossem produzidas em série dentro de um conceito de escala e otimização de custos. Dos oito cascos, apenas dois (P-66 e P-67) foram concluídos até o momento, quase cinco anos depois da assinatura do contrato. Outros dois cascos, da P-69 e P-70, seguem em obras no Rio Grande, segundo a Engevix.Os replicantes foram assim batizados porque seguem o mesmo padrão. Cada plataforma foi concebida com uma capacidade para processar até 150 mil barris por dia de óleo e comprimir 6 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.O arranjo inicial do projeto de nacionalização das unidades, contudo, vem se desmantelando ao longo dos últimos anos, num processo que ganhou novos contornos com a Operação Lava-Jato. Em novembro, por exemplo, a Iesa, citada nas investigações da Polícia Federal, teve rescindido seu contrato para construção de 24 módulos de compressão e as obras foram parar no exterior. A integração das unidades P-67 e P-70, a cargo do Consórcio Integra (Mendes Junior / OSX), é outra obra que deve parar na China.(Fonte: Valor Econômico/Por André Ramalho | Do Rio)Fonte: Valor