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Conexão Marítima - Crise em estaleiros expõe investimentos de japoneses

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Crise em estaleiros expõe investimentos de japoneses

11/05/2015 �s 09:55
Crise em estaleiros expõe investimentos de japoneses

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, integra um grupo de grandes estaleiros da nova geração no Brasil que recebeu investimentos de empresas japonesas em anos recentes. Além do EAS, que tem como sócia a IHI, o Enseada Indústria Naval, da Bahia, recebeu a Kawasaki na sociedade. E o Estaleiro Rio Grande (ERG) tem 30% de seu capital em mãos de consórcio japonês com participação da Mitsubishi Heavy Industries (MHI). Todos ganharam contratos da Sete Brasil para construir sondas de perfuração.

Mas a crise pela qual passa a Sete Brasil, com atrasos nos pagamentos aos estaleiros, criou incertezas para os investimentos feitos pelos grupos industriais japoneses na construção naval e offshore no Brasil. "Há apreensão, entre esses grupos industriais japoneses, que estão expostos à Sete Brasil", disse um executivo do setor.

As avaliações de fontes da indústria é de que os japoneses devem esperar para tomar qualquer decisão sobre suas participações societárias nos estaleiros. No EAS, os sócios brasileiros investiram cerca de R$ 2 bilhões no negócio. Em 2013, um grupo de empresas japonesas liderado pela IHI Corporation, antiga Ishikawajima Harima Heavy Industries, acertou a compra de 25% do EAS por R$ 207 milhões. No começo, de 2014, os japoneses aumentaram sua participação no EAS de 25% para 33,3%. À época, o valor do negócio não foi revelado, mas no total os japoneses podem ter desembolsado quase R$ 280 milhões para ficar com um terço do capital do estaleiro. A conta final considera o valor pago pela primeira fatia, de 25% do estaleiro, na operação em 2013.

Depois de romper o contrato para construção de sete sondas de perfuração para a Sete Brasil, o EAS ainda mantém em carteira 22 navios petroleiros que serão construídos para a Transpetro, a subsidiária de logística da Petrobras. Das 22 unidades, cinco foram entregues e outras cinco estão em construção. São todos navios do tipo Suezmax. Na carteira do EAS, há ainda 5 navios Aframax, 4 Suezmax DP, iniciais de posicionamento dinâmico, e mais 3 Aframax DP. Existe a expectativa de que os trabalhos de construção do primeiro Aframax comecem a curto prazo.

Entre fontes do setor, existe a convicção de que os 22 navios do EAS, que estão em eficácia, serão de fato construídos. Mas a palavra final sobre a construção desses navios e de outros que fazem parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) - e que ainda não começaram a ser montados nos estaleiros - caberá à Petrobras. A estatal pode anunciar este mês seu plano de investimentos para o período 2015-2019. Como perspectiva, o EAS conta ainda com a possibilidade de passar a fazer reparos e manutenções de plataformas em suas instalações.

No ERG, em Rio Grande (RS), que também vive situação delicada, um grupo de cinco empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) comprou, em 2013, 30% da Engevix Construções Oceânicas (Ecovix) por cerca de US$ 300 milhões. A entrada dos nipônicos se deu na holding Jackson Empreendimentos, controladora da Ecovix, empresa do grupo Engevix. O grupo, que está entre as empresas envolvida na Operação Lava-Jato, já disse que pode reduzir a participação da Jackson na Ecovix. Já o Enseada tem contratos com Sete Brasil para a construção de seis sondas que somam US$ 4,8 bilhões. O estaleiro, que estava em construção, paralisou as atividades e demitiu cerca de seis mil pessoas.

Fonte:Valor Econômico/Francisco Góes e Marina Falcão | Do Rio e Recife

Fonte: Valor



 
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